quinta-feira, 29 de julho de 2010

Deprimente!

           Nunca me senti tão inferiorizada como nesta manhã.
   Depois de lerem as próximas linhas poderão me compreender melhor.
       Acordei e fui tomar um banho, uma ducha, me lavar... Como preferirem. Não que eu seja um exemplo de como ser limpa, mas em manhãs frias como a de hoje só um banho quente pra esquentar. E esse banho não é qualquer banho! É um banho queeente, demorado e bem musical. Como morro de medo de ser encontrada morta e pelada, antes de levar um micro system e correr o risco de levar um choque me limito a ligar o som do celular. E lá eu permaneço por longos minutos que podem ser até acabar meu repertório ou até o chuveiro cheirar queimado mesmo.
          Mas, o que me deixou tão inferiorizada não tem nada a ver com o banho e sim com o que relatarei agora: Me troquei e fui pra cozinha tomar aquele leitinho quente esperto com Toddy. Ao chegar lá me deparei com uma baratinha sem fita no cabelo ou dinheiro na caixinha. (PQP! Olha até do que ela me fez lembrar). Muitas pessoas têm nojo e até pavor só de olhar praquela criaturinha de pernas peludas e casco brilhoso cheio de coisinhas brancas que saem quando chineladas. Logo que a vi parei na hora, nem um passo a mais nem um passo a menos. Ela estava lá, bem no meio da cozinha, mas bem no meio mesmo! Olhei fixamente pra ela pensando quem correria primeiro, eu ou ela? Não demorou muito pra ela se mexer e virar de barriga pra cima.
          Pensei: -Ué? Morreu? Nem veneno pra baratas tem aqui em casa porque se bem me recordo desde o ano passado nenhuma barata havia nos visitado. Dei um passo e olhei mais de perto ainda. E pensei novamente: -Será que consegui matar ela apenas com o poder da minha mente? Mas eu nem mentalizei isso! Eu só costumo mentalizar o garfo vindo na minha boca quando estou comendo. Senti medo dessa barata!
         Cheguei um pouco mais perto pisando forte pra ver se ela se mexia. E nada! Agachei e com o palito de fósforo que eu ia esquentar o leite resolvi dar uma cutucadinha nela. E nada! Ela estava lá, imóvel.
          Pensei: - Será que ela sofreu um infarto? Será que barata infarta? Será que foi um A.V.C? Oh céus! Ela já estava abalando meu psicológico. Foi aí que peguei uma vassoura e fiz a tradicional jogada de Hockey no azulejo que todo mundo uma vez na vida vai fazer. Dei uma tacada certeira na bola, digo, na barata e mandei ela no gol imaginário que ficava na parede no final da cozinha. E mesmo assim, nada! Ela continuou imóvel.
            Com um pedacinho de guardanapo de papel, peguei ela pela anteninha e joguei pela janela. Em pleno ar vejo a infeliz ganhar vida e sair voando. Mesmo com um cérebro bem maior que o dela, fui enganada! Enganada por uma barata!

3 comentários:

Ediardo Nunes disse...

Eu ADOOOORO seus textos!

Super Beijos! ;D

Ps: já fui enganado por uma barata tbém! kkkkkkkkkkkkkkk

ANA PAULA disse...

Realmente vc tem o dor pra escrever nao pare nunca, vc é muito boa nisto...
OBS: Cuidado com baratas elas podem voar rsrsrs

Bárbara Müler disse...

Essa é a melhoooooor!
Muito engraçada!
Parabéns Fabí!

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Fabí Assis Barddal
Uma inútil que acredita que a inutilidade um dia vai dominar o mundo. Por formação sou Engenheira Agrônoma Paisagista e escritora
por pura preguiça de trabalhar. Também corto cana nas horas vagas.
Nada disso me deu dinheiro, só muito prazer.

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