terça-feira, 1 de junho de 2010
Cotidiano.
Tem coisas, aliás muitas coisas, que só acontecem comigo! Hoje acordei sabendo que tinha que ir ao banco. Desde segunda eu estava enrolando pra pagar a conta de luz. Acordei, fiz um pão com presunto e mussarela e ate esquentei na sanduicheira. Preguiça pra comer eu nunca tenho.
Me troquei e peguei o elevador. Lá encontrei com uma vizinha bem senhorinha e engraçadinha. Perguntei para ela onde ficava a farmácia mais próxima já que ontem amanheci com a boca cheia de pereba. Não sei se apareceu do nada ou se alguma barata me “lembeu” (minha mãe sempre falava que se não escovasse os dentes para dormir a dona baratinha ia vir de noite me “lember”). Apesar da minha péssima memória eu sei que ontem escovei os dentes. É, escovei sim!
Bom, voltando ao pedido de informação pra vizinha... Toda atenciosa, ela foi até a frente do prédio e apontou pro lado direito e começou a narrar o caminho que eu deveria percorrer. Na primeira esquina que ela estava apontando pra eu virar eu já tinha me perdido, mas continuei prestando atenção no que ela falava e olhando na direção que ela apontava. E foi nessa mesma direção que eu vi uma placa de farmácia a uns 30m da frente do prédio. Fingi que tinha entendido o que ela disse, agradeci e fui na farmácia aqui do lado. Depois fui pro banco que era pro lado esquerdo do meu prédio. Fica bem pertinho, uma quadra daqui. Eu tinha que pagar a luz e a internet. Como o meu noivo disse que era melhor eu pagar nos caixas eletrônicos porque seria bem rapidinho eu segui os conselhos dele e foi ai que muita coisa aconteceu.
Entrei no banco e tinha um monte de gente formando uma fila. Eu sabia que tinha uma máquina específica para fazer o que eu tinha que fazer. Fingi procurar alguma coisa na bolsa e com o outro olho eu tentava ler qual máquina que eu tinha que usar. Avistei a danada e continuei na fila. De repente todo mundo começou a andar e entrar na porta giratória do banco. Foi aí que eu descobri que aquela fila não tinha nada a ver comigo. Olhei pra máquina e lá tava ela, vazia! Comecei seguir passo a passo os procedimentos com medo de errar. Fiz tudo e deu errado! Comecei a tremer e mais uma vez me faltou o raciocínio. Olha o que eu pensei.. “Já sei onde eu errei. Devo ter errado a data de hoje e não deve ter lido o código.” Comecei tudo de novo. Aí optei por digitar o código. Quando me perguntou a data eu pensei “fudeu”! Na mesma hora vi um senhor entrando atrás de mim. Ele parecia mais perdido que eu. Mas, perguntei se ele sabia que dia era porque eu achava que tava me confundindo. Ele confirmou a mesma data que eu havia colocado (ufa..Já estava ficando preocupada comigo) e que beleeeza deu errado de novo. Fui perto da divisória de vidro e fiz sinal pro guarda que eu queria ajuda lá fora. Primeiro ele riu, depois fez um sinal tipo pra eu entrar (foi aí que eu descobri que mímica também não é meu forte porque além dele não me entender eu também não entendi nada do que ele queria me falar).
Esperei um pouco disfarçando de novo na minha bolsa e quando a menina com colete de jogador de futsal olhou eu chamei ela com aquele sinalzinho tradicional que a gente faz com o dedo indicador. Esse não tem erro! Sem contar que deu pra disfarçar e nem todo mundo percebeu que eu estava perdida. Expliquei pra ela que eu nunca tinha feito aquele tipo de operação e que precisava de ajuda. Ela me deu um sorrisinho sacana e começou a me mandar fazer exatamente o que eu tinha feito duas vezes. Não deu certo de novo! Ela me mandou então pegar outra fila. A fila da senha. Foi justamente nela que descobri que o senhor que aparentava estar mais perdido que eu e que me informou a data era cego. Fiquei na fila alguns minutos e quando cheguei no caixa e entreguei minhas contas pra pagar o cara deu o segundo sorrisinho sacana do dia pra mim e disse: - “Moça aqui a gente não recebe essas coisas. “Vai ali na frente que eles recebem”. Nessa hora eu não sabia se eu ria ou se chorava. Mas beleza, tratei de perguntar bem pra não ter erro de onde era essa coisa. Atravessei a rua e fui neste lugar. Lá o cara que recebe fica atrás do vidro que nem em lotérica, só que atrás do vidro tem uma madeira branca, ou seja, não da para ver nada. Só tem um pedacinho, mais bem pedacinho de espaço embaixo. Parei e fiquei olhando pra porta, praquela parede na minha frente quando do nada eis q surge uma voz: - “Ei! Fala, moça!”
Quase tive um treco de susto (certamente ele deve ter dado o terceiro sorrisinho sacana do dia pra mim). Eu disse que queria pagar umas contas e ele mandou passar as coisas no buraquinho. Enquanto esperava ele receber olhei pra cima e vi um super espelho tipo retrovisor gigante e descobri da onde ele tinha me visto. Oh Mister M. mais um mistério revelado!
Recebeu minha luz e disse que não recebia a internet. AH, MARAVILHA! Me mandou ir até a lotérica. Pedi explicações e ele foi falando e sinalizando e eu olhado por aquele negocio - o retrovisor gigante. Já tava toda ferrada mesmo... Deixa! Eu procuro a bendita da lotérica. Sai de lá e virei à direita e andei umas duas quadras e não achei semáforo nenhum que ele mandou virar. Dessa vez meu cérebro não me abandonou e eu descobri que tinha virado pro lado errado. Maldito espelho de retrovisor gigante!
Cheguei na lotérica e vi duas filas. Cutuquei uma senhora e pedi em qual fila pagava conta. Ela respondeu que não sabia porque sempre só pegava aquela. Foi ai que caiu minha ficha e sem perder tempo um senhor atrás de mim deu o quarto sorrisinho sacana do dia e falou que ali era só para idosos. Eu entrei para outra fila rindo e enfim, paguei a internet.
Chegando no prédio fiquei presa pro lado de fora. Abri o primeiro portão e quando fui abrir a porta de vidro não consegui. Tentei várias vezes e nada. Quando decidi ficar por ali mesmo fingindo que tava legal apareceu uma outra vizinha. Falei que não conseguia abrir com a minha chave e aí ela me deu 50 demonstrações de como era. Agora acho que já sei como abrir. Ela demonstrou muito e eu não fiz nenhuma aula prática, por isso, não tenho certeza se sei abrir.
No elevador vi como sou uma estranha nesse lugar (o Mato Grosso é mesmo bem diferente daqui). Eu estava de calça, camisa e sapatinho. E junto comigo tinha uma mulher de mini short, mini blusa e de havaiana. Tudo bem se ela não tivesse 60 anos ou mais. Se bem que aqui todo mundo é assim, tanto no banco como na lotérica a única pessoa que não estava de havaiana e de sunga era eu.
E agora estou aqui escrevendo tudo isso no word até a internet voltar. Ah, antes de entrar em casa eu toquei a minha própria campainha porque achei que seria engraçado. E foi. Espero que a internet volte logo.
Me troquei e peguei o elevador. Lá encontrei com uma vizinha bem senhorinha e engraçadinha. Perguntei para ela onde ficava a farmácia mais próxima já que ontem amanheci com a boca cheia de pereba. Não sei se apareceu do nada ou se alguma barata me “lembeu” (minha mãe sempre falava que se não escovasse os dentes para dormir a dona baratinha ia vir de noite me “lember”). Apesar da minha péssima memória eu sei que ontem escovei os dentes. É, escovei sim!
Bom, voltando ao pedido de informação pra vizinha... Toda atenciosa, ela foi até a frente do prédio e apontou pro lado direito e começou a narrar o caminho que eu deveria percorrer. Na primeira esquina que ela estava apontando pra eu virar eu já tinha me perdido, mas continuei prestando atenção no que ela falava e olhando na direção que ela apontava. E foi nessa mesma direção que eu vi uma placa de farmácia a uns 30m da frente do prédio. Fingi que tinha entendido o que ela disse, agradeci e fui na farmácia aqui do lado. Depois fui pro banco que era pro lado esquerdo do meu prédio. Fica bem pertinho, uma quadra daqui. Eu tinha que pagar a luz e a internet. Como o meu noivo disse que era melhor eu pagar nos caixas eletrônicos porque seria bem rapidinho eu segui os conselhos dele e foi ai que muita coisa aconteceu.
Entrei no banco e tinha um monte de gente formando uma fila. Eu sabia que tinha uma máquina específica para fazer o que eu tinha que fazer. Fingi procurar alguma coisa na bolsa e com o outro olho eu tentava ler qual máquina que eu tinha que usar. Avistei a danada e continuei na fila. De repente todo mundo começou a andar e entrar na porta giratória do banco. Foi aí que eu descobri que aquela fila não tinha nada a ver comigo. Olhei pra máquina e lá tava ela, vazia! Comecei seguir passo a passo os procedimentos com medo de errar. Fiz tudo e deu errado! Comecei a tremer e mais uma vez me faltou o raciocínio. Olha o que eu pensei.. “Já sei onde eu errei. Devo ter errado a data de hoje e não deve ter lido o código.” Comecei tudo de novo. Aí optei por digitar o código. Quando me perguntou a data eu pensei “fudeu”! Na mesma hora vi um senhor entrando atrás de mim. Ele parecia mais perdido que eu. Mas, perguntei se ele sabia que dia era porque eu achava que tava me confundindo. Ele confirmou a mesma data que eu havia colocado (ufa..Já estava ficando preocupada comigo) e que beleeeza deu errado de novo. Fui perto da divisória de vidro e fiz sinal pro guarda que eu queria ajuda lá fora. Primeiro ele riu, depois fez um sinal tipo pra eu entrar (foi aí que eu descobri que mímica também não é meu forte porque além dele não me entender eu também não entendi nada do que ele queria me falar).
Esperei um pouco disfarçando de novo na minha bolsa e quando a menina com colete de jogador de futsal olhou eu chamei ela com aquele sinalzinho tradicional que a gente faz com o dedo indicador. Esse não tem erro! Sem contar que deu pra disfarçar e nem todo mundo percebeu que eu estava perdida. Expliquei pra ela que eu nunca tinha feito aquele tipo de operação e que precisava de ajuda. Ela me deu um sorrisinho sacana e começou a me mandar fazer exatamente o que eu tinha feito duas vezes. Não deu certo de novo! Ela me mandou então pegar outra fila. A fila da senha. Foi justamente nela que descobri que o senhor que aparentava estar mais perdido que eu e que me informou a data era cego. Fiquei na fila alguns minutos e quando cheguei no caixa e entreguei minhas contas pra pagar o cara deu o segundo sorrisinho sacana do dia pra mim e disse: - “Moça aqui a gente não recebe essas coisas. “Vai ali na frente que eles recebem”. Nessa hora eu não sabia se eu ria ou se chorava. Mas beleza, tratei de perguntar bem pra não ter erro de onde era essa coisa. Atravessei a rua e fui neste lugar. Lá o cara que recebe fica atrás do vidro que nem em lotérica, só que atrás do vidro tem uma madeira branca, ou seja, não da para ver nada. Só tem um pedacinho, mais bem pedacinho de espaço embaixo. Parei e fiquei olhando pra porta, praquela parede na minha frente quando do nada eis q surge uma voz: - “Ei! Fala, moça!”
Quase tive um treco de susto (certamente ele deve ter dado o terceiro sorrisinho sacana do dia pra mim). Eu disse que queria pagar umas contas e ele mandou passar as coisas no buraquinho. Enquanto esperava ele receber olhei pra cima e vi um super espelho tipo retrovisor gigante e descobri da onde ele tinha me visto. Oh Mister M. mais um mistério revelado!
Recebeu minha luz e disse que não recebia a internet. AH, MARAVILHA! Me mandou ir até a lotérica. Pedi explicações e ele foi falando e sinalizando e eu olhado por aquele negocio - o retrovisor gigante. Já tava toda ferrada mesmo... Deixa! Eu procuro a bendita da lotérica. Sai de lá e virei à direita e andei umas duas quadras e não achei semáforo nenhum que ele mandou virar. Dessa vez meu cérebro não me abandonou e eu descobri que tinha virado pro lado errado. Maldito espelho de retrovisor gigante!
Cheguei na lotérica e vi duas filas. Cutuquei uma senhora e pedi em qual fila pagava conta. Ela respondeu que não sabia porque sempre só pegava aquela. Foi ai que caiu minha ficha e sem perder tempo um senhor atrás de mim deu o quarto sorrisinho sacana do dia e falou que ali era só para idosos. Eu entrei para outra fila rindo e enfim, paguei a internet.
Chegando no prédio fiquei presa pro lado de fora. Abri o primeiro portão e quando fui abrir a porta de vidro não consegui. Tentei várias vezes e nada. Quando decidi ficar por ali mesmo fingindo que tava legal apareceu uma outra vizinha. Falei que não conseguia abrir com a minha chave e aí ela me deu 50 demonstrações de como era. Agora acho que já sei como abrir. Ela demonstrou muito e eu não fiz nenhuma aula prática, por isso, não tenho certeza se sei abrir.
No elevador vi como sou uma estranha nesse lugar (o Mato Grosso é mesmo bem diferente daqui). Eu estava de calça, camisa e sapatinho. E junto comigo tinha uma mulher de mini short, mini blusa e de havaiana. Tudo bem se ela não tivesse 60 anos ou mais. Se bem que aqui todo mundo é assim, tanto no banco como na lotérica a única pessoa que não estava de havaiana e de sunga era eu.
E agora estou aqui escrevendo tudo isso no word até a internet voltar. Ah, antes de entrar em casa eu toquei a minha própria campainha porque achei que seria engraçado. E foi. Espero que a internet volte logo.
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Fabí Assis Barddal
Uma inútil que acredita que a inutilidade um dia vai dominar o mundo. Por formação sou Engenheira Agrônoma Paisagista e escritora
por pura preguiça de trabalhar. Também corto cana nas horas vagas.
Nada disso me deu dinheiro, só muito prazer.
4 comentários:
Fabi o MT é bem diferente dai mesmo kkkkkkkkkkk, quanta complicação são seus dias ai em kkkkkkk saudades nega, continue escrevendo as cronicas, acho elas muito divertidas bjssss... saudades....
hehehehe, af negaa
melhor vc escrever um manual pra gente como se viver em uma cidade desconhecida!
hehehehehehehe
beijos!
saudades
Ae PUNK ja sei o que te dar de casorio rsrs
darei um GPS com todos os pontos de farmacias bancos lotericas etc ja configurado pra tela inicial na sua city :p
e tb um mp3 player onde a tracks serao manuais e explicações para problemas do cotidiano kkkkkk
zuei total vc ;p
massa seu blog
bjo PUNK
Geentee , eu amoon de mais suas cronicas hahaha
eu rashu de ri ..
Parabéns meesmo .. adooro muuito suas postagens -seguindoo- claro ;]
[aaa] eu estudo com teu irmão kkkk ele que me indicoou o blog ..
beiijoos - By: Helen O.
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